Jéssica Qacker
Jéssica
acordou com sua preguiça costumeira. O sol penetrava pelas persianas, iluminando
fracamente o quarto enquanto a jornalista se levantava da câmera, ainda bêbada
pela noite anterior. Os detalhes não eram muito claros em sua mente, apenas flashes de lembranças expressavam as
sensações de Jéssica. Caminhou até o banheiro, olhando-se no espelho. Seu
cabelo estava desgrenhado e haviam mordidas por todo seu corpo. É... A noite foi boa... Pensou Jéssica, refletindo. Encarou a cama
vazia, os lençóis amarrotados.
Há
quanto tempo estivera sozinha neste quarto? Sentiu uma pontada de medo lhe
percorrer a espinha, um calafrio terrível de que talvez o Palhaço estive a
observando. Balançou a cabeça, afastando esses pensamentos. Jogou-se na
banheira, encarando o teto e imaginando os bizarros eventos que a trouxeram ao
Complexo. Primeiro, um sequestro. Poderia ser qualquer maluco, um louco varrido
que agarrou uma garota bonita para satisfazer suas perversões. Mas em seguida
vieram os assassinatos. O sangue escorria pelas paredes do complexo e agora a
jornalista sentia que ninguém estava seguro. Da banheira, pôs-se a observar a
pasta aberta sobre a mesa da sala. Um homem estava em seu quarto, um homem
importante e ele poderia ter visto seus segredos ali. Jéssica estremecera ao
pensar naquilo. As memórias clareavam lentamente, as visões da noite de prazer
voltavam à mente de Jéssica enquanto a mesma saía da banheira. Algo acontecera
na noite anterior, algo de errado. Lúcio, o magnata, pronunciara um nome
durante a noite. Jéssica fechou os olhos. Não se apaixonaria por um caso de uma
noite. Vestiu-se e começou a analisar sua pasta, organizando as fotografias e
tentando entender um padrão. Sequestro, assassinato. Não havia um padrão,
apenas uma assinatura. Por quê? Jéssica riu da ironia, pois se perguntava a
mesma coisa cruzando os braços. Por que aquele massacre estava sendo promovido
naquele condomínio?
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